Sumário
ToggleNeste estudo, vamos destacar:
- A unção de Jesus por Maria em Betânia.
- O plano dos principais sacerdotes para matar Lázaro.
- A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
- A profecia sobre sua morte e glorificação.
- O chamado à renúncia e à obediência.
- O julgamento do mundo e o anúncio da cruz.
- O alerta final sobre a luz e a incredulidade dos judeus.
- A missão de Jesus: salvar e anunciar a Palavra do Pai.
Introdução
O capítulo 12 marca a transição final do ministério público de Jesus para os últimos dias antes de sua crucificação. Em Betânia, Maria unge Jesus com um perfume precioso, antecipando sua morte. O sinal da ressurreição de Lázaro continua gerando fé em alguns, mas também alimenta a conspiração dos líderes religiosos, que agora querem matar tanto Jesus quanto Lázaro.
Jesus entra em Jerusalém aclamado pelas multidões, cumprindo profecias messiânicas, mas ainda incompreendido por muitos. Ele fala claramente sobre sua morte, comparando-se a um grão que precisa morrer para dar fruto. Ao mesmo tempo, afirma que veio para salvar, e não para julgar. João 12 nos mostra o contraste entre fé e incredulidade, luz e trevas, humildade e orgulho. E prepara o cenário para a entrega final do Messias.
Tema central:
- Jesus é a luz e o grão que morre para dar fruto. Ele se entrega voluntariamente para salvar a humanidade, mas Suas palavras serão critério de julgamento para todos os que as ouvirem.
Principais personagens:
- Jesus, o Messias, que anuncia sua morte e reafirma sua missão de salvação.
- Maria, que unge Jesus com perfume como antecipação de seu sepultamento.
- Judas Iscariotes, que critica Maria por ganância e hipocrisia.
- Lázaro, testemunha viva do poder de Jesus sobre a morte.
- Os principais sacerdotes e fariseus, que conspiram para matar Jesus e Lázaro.
- A multidão (gregos e judeus), que aclama Jesus com ramos e o reconhece como Rei.
- Os gregos, que simbolizam a expansão da salvação para os gentios.
- Isaías, citado como profeta que viu a glória do Messias e anunciou a dureza do coração dos judeus.
Lições principais:
- Jesus deve ser adorado com tudo o que temos de mais precioso, assim como Maria fez.
- A ressurreição de Lázaro aponta para o poder absoluto de Jesus sobre a morte.
- A entrada triunfal revela o cumprimento profético, mas também a incompreensão do povo.
- Quem ama a sua vida neste mundo a perderá. O discipulado exige renúncia.
- Jesus foi profundamente humano, sentiu angústia, mas permaneceu fiel ao propósito do Pai.
- A morte de cruz era o caminho previsto por Deus para glorificar o Filho e salvar o mundo.
- A luz estava entre o povo, mas muitos escolheram as trevas da incredulidade.
- A Palavra de Jesus salva, mas também julgará no último dia aqueles que a rejeitarem.
- Crer em Jesus é crer no Pai. Rejeitá-lo é permanecer em trevas.
Principais versículos:
- João 12:3 – “Maria, então, pegou um frasco de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos.”
- João 12:13 – “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!”
- João 12:24 – “Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, ficará ele só. Mas, se morrer, dará muito fruto.”
- João 12:26 – “Se alguém me serve, siga-me. E, onde eu estiver, ali estará também o meu servo.”
- João 12:32 – “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim.”
- João 12:35 – “Ainda por um pouco a luz está entre vocês. Andem enquanto têm a luz, para que as trevas não os surpreendam.”
- João 12:43 – “Porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus.”
- João 12:48 – “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue. A própria palavra que falei o julgará no último dia.”

A Unção de Jesus em Betânia (João 12:1-8)
1Seis dias antes da Páscoa, Jesus chegou a Betânia, onde vivia Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. 2Ali prepararam um jantar para Jesus. Marta servia, enquanto Lázaro estava à mesa com ele. 3Então, Maria pegou uma litra de nardo puro, que era um perfume caro, derramou‑o sobre os pés de Jesus e os enxugou com os cabelos. E toda a casa se encheu com a fragrância do perfume.
4Entretanto, um dos seus discípulos, Judas Iscariotes, que mais tarde iria traí‑lo, objetou:
5― Por que este perfume não foi vendido e o dinheiro dado aos pobres? Seriam trezentos denários.
6Ele não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão e, sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado.
7Jesus respondeu:
― Deixe‑a em paz. Ela guardou esse perfume para o dia da preparação do meu sepultamento. 8Pois os pobres vocês sempre terão com vocês, mas a mim nem sempre terão.
Comentário:
Seis dias antes da Páscoa, durante um jantar em honra de Jesus, Maria realiza um ato de devoção: ela unge os pés de Jesus com um perfume de alto valor. Este gesto de amor e adoração revela tanto a reverência de Maria quanto sua sensibilidade espiritual, pois, sem talvez compreender plenamente, ela estava preparando o corpo do Messias para a morte que se aproximava.
Judas Iscariotes, um dos discípulos, protesta contra a atitude de Maria. Ele argumenta que o perfume poderia ter sido vendido e o dinheiro, doado aos pobres. No entanto, o evangelho revela sua verdadeira motivação: Judas não se importava com os pobres, mas era responsável pela bolsa do grupo e costumava desviar recursos. Sua crítica expõe a hipocrisia e a ganância que já habitavam seu coração demonstrando a verdadeira diferença entre a entrega sincera de Maria.
Jesus então a defende: “Deixa-a em paz; ela guardou este perfume para o dia do meu sepultamento” (João 12:7). Com isso, Ele aponta para o verdadeiro significado do gesto. Os pobres sempre estariam presentes e deveriam ser cuidados, mas Ele, o Filho de Deus, não estaria fisicamente com eles por muito mais tempo. A unção feita por Maria antecipa o sepultamento do Messias e marca o início dos eventos que culminariam na Sua morte e ressurreição.
Este momento revela duas posturas diante de Jesus: a entrega total e adoradora de Maria, e a crítica interesseira de Judas. Enquanto um coração se oferece em sacrifício, o outro apenas calcula o valor do que poderia ser ganho.
O Plano dos Líderes Judeus Contra Lázaro (João 12:9-11)
9Enquanto isso, uma grande multidão de judeus, ao saber que Jesus estava ali, veio, não apenas por causa de Jesus, mas também para ver Lázaro, a quem ele ressuscitara dentre os mortos. 10Assim, os chefes dos sacerdotes fizeram planos para matar também Lázaro, 11pois, por causa dele, muitos estavam se afastando dos judeus e crendo em Jesus.
Comentário:
Após a ressurreição de Lázaro, o milagre se tornou amplamente conhecido entre os judeus. Muitos começaram a crer em Jesus por causa desse sinal do poder divino. Isso gerou grande inquietação entre os líderes religiosos, que temiam perder sua influência sobre o povo. Uma multidão foi a Betânia, não apenas para ver Jesus, mas também para ver Lázaro, o homem que havia sido trazido de volta à vida.
Diante disso, os principais sacerdotes passaram a tramar não apenas a morte de Jesus, mas também a de Lázaro. Eles criam que, eliminando tanto o Mestre quanto a evidência viva de Seu milagre, conseguiriam conter o crescimento da fé e preservar seu controle sobre a população. Essa decisão não partiu de uma busca sincera pela verdade, mas de um esforço desesperado para manter o poder e o prestígio.
O plano de ódio dos líderes religiosos revela o endurecimento de seus corações. Mesmo diante de um sinal tão claro do agir de Deus, preferiram ignorar a verdade a reconhecer o Messias. Essa atitude marca um ponto crítico na narrativa, pois mostra que a oposição a Jesus não era apenas teológica ou doutrinária, mas profundamente enraizada em interesses políticos e pessoais.
Esse episódio antecipa os acontecimentos da paixão de Cristo. A presença de Lázaro como testemunha viva da autoridade de Jesus sobre a morte se torna tão incômoda quanto o próprio Jesus. E assim, a decisão de matá-lo simboliza o esforço humano de apagar as evidências da luz, mesmo quando ela brilha de forma incontestável.
A Entrada Triunfal em Jerusalém (João 12:12-19)
12No dia seguinte, a grande multidão que tinha ido para a festa ouviu falar que Jesus se dirigia a Jerusalém. 13Pegaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro, gritando:
“Hosana!
“Bendito é o que vem em nome do Senhor!
“Bendito é o Rei de Israel!”.
14Jesus conseguiu um jumentinho e montou nele, como está escrito:
15“Não tenha medo, ó Filha de Sião;
eis que o seu Rei vem,
montado em um jumentinho”.
16A princípio, os seus discípulos não entenderam isso. Só depois que Jesus foi glorificado se lembraram de que essas que fizeram a ele estavam escritas a seu respeito.
17A multidão que estava com Jesus quando ele chamou Lázaro do túmulo e o ressuscitou dentre os mortos continuou a espalhar o fato. 18Muitas pessoas, por terem ouvido falar que ele realizara tal sinal milagroso, foram ao seu encontro. 19Assim, os fariseus disseram uns aos outros:
― Não conseguimos nada. Olhem como o mundo vai atrás dele!
Comentário:
Durante a festa da Páscoa, Jesus entra em Jerusalém e cumpre de forma visível a profecia de Zacarias:
“Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumentinho.”
(Zacarias 9:9)
Montado em um jumentinho, Jesus é recebido com grande celebração pela multidão que havia vindo à festa. As pessoas o saudam com ramos de palmeiras, um símbolo de vitória e realeza, e gritam em voz alta: “Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!” Essas palavras trazem a memória o Salmo 118, que, escrito séculos antes, celebrava a alegria e salvação dos justos trazida pelo Messias.
Embora as multidões celebrassem Jesus como o Rei prometido, muitos ainda não entendiam o verdadeiro significado de Sua missão. O povo esperava um rei político que libertaria Israel do domínio romano, mas Jesus veio como o Rei espiritual, um exemplo a ser seguido pela humanidade, o Salvador que libertaria a humanidade da escravidão do pecado. Mesmo os discípulos, que acompanhavam Jesus, não compreenderam completamente o significado daquele momento até depois da morte e ressuscitação, sua glorificação.
Enquanto isso, os fariseus observavam com crescente preocupação. Aclamado por uma multidão entusiasmada, Jesus representava uma ameaça real à sua autoridade. Incapazes de reconhecer que estavam diante do cumprimento das Escrituras que tanto estudavam, eles se desesperaram. Suas palavras revelam frustração e impotência:
“Vede que nada aproveitais. Eis que o mundo vai após ele”
(João 12:19).
Esse momento marca o auge da popularidade de Jesus aos olhos do povo. Ao mesmo tempo, dá início à última semana de sua vida terrena, quando o verdadeiro significado da realeza do Messias será revelado.
Jesus Prediz Sua Morte (João 12:20-36)
20Entre os que tinham ido adorar a Deus na Festa da Páscoa, havia alguns gregos. 21Eles se aproximaram de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, com um pedido:
― Senhor, queremos ver Jesus.
22Filipe foi dizê‑lo a André, e os dois juntos o disseram a Jesus.
23Jesus respondeu:
― Chegou a hora de o Filho do homem ser glorificado. 24Em verdade lhes digo que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas, se morrer, dará muito fruto. 25Quem ama a sua vida a perderá, mas quem odeia a própria vida neste mundo a conservará para a vida eterna. 26Quem me serve deve me seguir; onde eu estou, ali o meu servo também deve estar. O meu Pai honrará aquele que me serve.
27― Agora o meu coração está perturbado, e o que direi? Pai, salva‑me desta hora? Não; eu vim exatamente para isto, para esta hora. 28Pai, glorifica o teu nome!
Então, veio uma voz do céu:
― Eu já o glorifiquei e o glorificarei novamente.
29A multidão que ali estava e a ouviu disse que tinha trovejado; outros disseram que um anjo lhe tinha falado.
30Jesus disse:
― Esta voz veio por causa de vocês, não por minha causa. 31Chegou a hora de este mundo ser julgado; agora será expulso o príncipe deste mundo. 32Quando, porém, eu for levantado da terra, atrairei todos a mim.
33Ele disse isso para indicar o tipo de morte que haveria de sofrer.
34A multidão falou:
― A lei nos ensina que o Cristo permanecerá para sempre; como podes dizer: “O Filho do homem precisa ser levantado”? Quem é esse “Filho do homem”?
35Então, Jesus lhes disse:
― Por um pouco mais de tempo, a luz estará entre vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não os surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo. 36Creiam na luz enquanto vocês a têm, para que se tornem filhos da luz.
Terminando de falar, Jesus saiu e ocultou‑se deles.
Comentário:
Chegada a hora do Messias:
É chegada a hora de anunciar ao povo o motivo que trouxe Jesus à terra. O grão de trigo que cai ao chão e morre é a imagem usada para representar o sacrifício do Messias. Ao morrer, Ele trará vida abundante a todos os que crerem. Nesse momento, entre os ouvintes, estavam gregos, não judeus que haviam se aproximado do monoteísmo judaico e participavam das festas. Jesus fala a todos, judeus e gentios, revelando que sua morte não será apenas para Israel, mas para o mundo.
É necessário negar-se a si mesmo:
Jesus ensina que, assim como o grão que morre gera fruto, o discípulo deve negar a si mesmo para viver uma nova vida. Morrer para o pecado, nascer para a obediência e frutificar para Deus. Aquele que segue esse caminho será honrado pelo Pai. Esse é o padrão do discipulado: morte, renúncia e transformação que gera frutos visíveis.
A angústia do Cordeiro:
Mesmo decidido a cumprir sua missão, Jesus sente o peso do que está por vir. Sua alma está angustiada. Ele sabe que glorificará o Pai novamente, desta vez por meio do sofrimento e da ressurreição. Uma voz do céu confirma o propósito divino e dá testemunho diante da multidão. Esse momento é mais uma prova de que o plano celestial está em pleno curso.
O julgamento do mundo:
Ao ser levantado, Ele atrairá todos a si. Sua morte na cruz não será um acidente, mas o cumprimento das Escrituras. Se Ele tivesse sido morto pelos judeus, teria sido apedrejado. Mas a cruz, instrumento romano, revela que o Messias morreria da forma profetizada. E por meio dessa morte, será estabelecido como Rei Eterno.
Último aviso:
Jesus alerta o povo que a luz ainda estava entre eles por pouco tempo. A rejeição da luz resultaria em trevas e perdição. Mas aqueles que cressem seriam transformados em filhos da luz. A oportunidade de salvação estava diante deles e o tempo era curto. Jesus apela por uma resposta urgente de fé e arrependimento.
A Incredulidade dos Judeus (João 12:37-43)
37No entanto, apesar de Jesus ter feito tantos sinais milagrosos diante deles, não creram nele. 38Isso aconteceu para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que disse:
“Senhor, quem creu na nossa mensagem?
E a quem foi revelado o braço do Senhor?”.
39Por essa razão, eles não podiam crer, porque, como disse Isaías em outro lugar:
40“Cegou os seus olhos
e endureceu‑lhes o coração,
para que não vejam com os olhos,
nem entendam com o coração,
nem se convertam, e eu os cure”.
41Isaías disse isso porque viu a glória de Jesus e falou sobre ele.
42Ainda assim, muitos líderes dos judeus creram nele, mas, por causa dos fariseus, não confessavam a sua fé, com medo de serem expulsos da sinagoga. 43Porque amaram mais a glória dos homens que a glória de Deus.
Comentário:
Apesar de tantos milagres e sinais realizados diante do povo, muitos dos judeus, especialmente os líderes religiosos, permaneceram incrédulos diante de Jesus. Eles rejeitaram não apenas Suas palavras, mas também as evidências visíveis de que Ele era o Messias. Essa atitude confirma o que já havia sido profetizado por Isaías, que viu a glória do Messias e escreveu:
“Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?”
(Isaías 53:1).
João explica que Deus endureceu o coração daqueles líderes, impedindo que cressem, como cumprimento de outra palavra do profeta Isaías:
“Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e eu os cure”
(Isaías 6:10).
Esse endurecimento não foi uma punição arbitrária, mas resultado da rejeição contínua da verdade revelada. Quanto mais esses homens confiavam em seu próprio conhecimento religioso, mais se afastavam do verdadeiro conhecimento de Deus.
Embora alguns líderes tenham crido em Jesus em segredo, não confessaram publicamente sua fé com medo de serem expulsos da sinagoga. Amaram mais a aprovação dos homens do que a glória que vem de Deus. A incredulidade, portanto, não era apenas teológica, mas também social. Havia um custo por crer em Jesus, e muitos preferiram preservar sua reputação do que reconhecer a verdade.
Esse trecho nos ensina que o maior obstáculo para a fé não é a ausência de sinais, mas o orgulho do coração. Rejeitar Jesus, mesmo diante da luz clara da verdade, é escolher as trevas por conveniência e vaidade.
E você? Crê em Jesus ou prefere a aprovação dos homens?
A Missão de Jesus: Luz e Salvação (João 12:44-50)
44Então, Jesus disse em alta voz:
― Quem crê em mim crê não apenas em mim, mas naquele que me enviou. 45Quem vê a mim vê aquele que me enviou. 46Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.
47― Se alguém ouve as minhas palavras e não lhes obedece, eu não o julgo. Pois não vim para julgar o mundo, mas para salvá‑lo. 48Há um juiz para quem me rejeita e não aceita as minhas palavras; a própria palavra que proferi o condenará no último dia. 49Pois não falei por mim mesmo, mas o Pai que me enviou me ordenou o que dizer e o que falar. 50Sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que eu digo é exatamente o que o Pai me mandou dizer.
Comentário:
Jesus afirma que não julgará, neste momento, aqueles que ouvem Suas palavras mas não as guardam. No entanto, é importante compreender o sentido do verbo “guardar” neste contexto: significa manter, preservar, observar cuidadosamente. Ou seja, Jesus está ensinando que, ainda que alguém ouça Suas palavras e não as pratique, Ele não o julgará imediatamente. Sua missão, ao vir ao mundo, não foi trazer condenação, mas oferecer salvação. Jesus veio como luz para os que andam em trevas e como oportunidade de reconciliação com Deus por meio da fé e da obediência à verdade.
No entanto, essa ausência de julgamento imediato não anula a realidade do juízo futuro. Jesus afirma que a própria palavra que Ele falou o julgará no último dia. Aqueles que rejeitarem Seus ensinamentos terão que prestar contas diante de Deus. A Palavra de Jesus é vida para quem crê e obedece, mas será testemunha contra os que a desprezam.
Portanto, embora o foco de Jesus neste momento seja salvar, e não condenar, a responsabilidade por ouvir e guardar Suas palavras continua sendo nossa. Rejeitar a luz é escolher permanecer nas trevas. Crer em Jesus é aceitar a verdade de Deus, pois Suas palavras não vêm de si mesmo, mas do Pai que O enviou.
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